quinta-feira, fevereiro 15, 2007

 

«Confissões dum Erasmus»

Ontem foi, positivamente, um dos melhores dias da minha vida - pelo menos, é seguro que foi aquele em que me senti mais realizada. Melhor do que ter concluído o liceu e ter entrado na faculdade que constituía a minha primeira opção. Melhor que ter concluído a licenciatura. Melhor do que ter arranjado um excelente emprego. Porque ontem foi a apresentação oficial do meu primeiro livro, na FNAC do Colombo, cujo título consta da epígrafe do presente post.
Longe de ser uma autobiografia, o livro é uma obra de ficção, tratando-se do diário duma rapariga que fez Erasmus na Alemanha, em Mannheim. Apesar de eu própria ter participado neste programa de intercâmbio estudantil, obviamente não me iria expor ao ponto de plasmar num livro a minha vida lá.
Baseando-me em factos verídicos, destorci e desfigurei a maioria deles, por forma a exagerar os aspectos óptimos de uns, os dramáticos de outros - até mesmo os patético-ridículos por que muitos de nós já passámos, e assim fui construindo as personagens, até lhes dar uma vida própria, recheada de peripécias e aventuras.
Quando dei por mim, tinha duzentas e cinquenta páginas dactilografadas. O manuscrito foi escrito há dois anos atrás, mas apenas revisto e dado por concluído no Verão passado. Está à venda nas principais livrarias do país desde meados de Janeiro, e teria o maior gosto em ver, nos comentários a este post, críticas construtivas ao mesmo, pois sem receptores a escrita não faz, pelo menos para mim, sentido nenhum.

sábado, janeiro 27, 2007

 

«Assalto e Intromissão»

Liv - uma mulher angustiada por ter deixado o seu país de origem, a Suécia, assim como a sua profissão, para assistir a filha, à qual - no entanto - não consegue aceder. A depressão em que se deixa cair, fá-la repudiar o namorado com quem vive.

Bea - filha de Liv, é uma adolescente autista, hiperactiva, que não dá descanso àqueles que a rodeiam, requerendo permanentes cuidados e atenção, a ponto de abafar tudo à sua volta, e transformar a rotina da família num verdadeiro pesadelo.

Will - arquitecto, namorado de Liv, vive desmotivado com o rumo que a sua relação com a namorada tomou, não vendo mais sentido em mantê-la, mas não sabendo como terminá-la, porque se sente responsável pela emigração de Liv para o Reino Unido, assim como se culpabiliza por deixá-la sozinha com a filha, apesar de ser a única atitude que aparentemente consegue ter no dia a dia (há uma cena impressionante no filme, em que Will chega a casa e, através da janela, vê Liv a tentar acalmar Bea duma das suas crises de histeria, não aguenta e dá meia volta, indo embora).

Amira - refugiada muçulmana provinda da Bósnia Herzegovina, viúva, fez biscates como modista e vive num bairro social em Kingscross, Londres. Nunca mais superou do trauma da guerra, tão pouco teve outro companheiro depois do marido ser morto.

Miro - filho de Amira, é um adolescente revoltado com a vida, que não vai à escola e se dedica à prática de roubos e assaltos em lojas com o tio e outros refugiados de Leste, da comunidade onde vive. Apesar de inteligente, leva uma vida completamente marginal.

Acontece que um dia Miro assalta o atelier de arquitectura de Will. Este monta vigilância ao fim do segundo «round», e aquando da terceira tentativa consecutiva de roubo, persegue o rapaz, descobrindo onde vive.
Decidindo então arranjar um pretexto para descobrir o móbil do crime, e depois de ver um anúncio na porta de casa de Miro, Will rasga um casaco seu levando-o a Amira para reparar.
A relação de ambos aprofunda-se muito para além da costura, sendo que Will acobarda-se de contar a Amira o que o levou a conhecê-la, enquanto Amira - que entretanto descobre o computador pessoal de Will escondido no quarto do filho e percebe o interesse daquele nela - guarda fotografias incriminatórias do caso de ambos, na esperança que isso sirva de moeda de troca, na possibilidade de Will fazer queixa do seu filho.
Quando Amira decide deixar cair a máscara e confronta Will com a verdade, este é obrigado a tomar uma decisão...

"Assalto e Intromissão" é um filme intenso, que nos leva a reflectir sobre a complexidade do ser humano e das suas relações afectivas. Mas sobretudo, impressiona pela solidão em que cada uma das personagens se encontra, o que faz com que tenhamos uma pluralidade de situações dramáticas, que nem sempre encontram um «final feliz». O que afinal, não deixa de ser mais realista do que terminar com cenas cor-de-rosa.

domingo, outubro 29, 2006

 

«ALERTA, TÁXI À VISTA!»

Nunca gostei muito de andar de táxi porque os achava podres de caros, de velhos, e de desconfortáveis, para além de normalmente ter de levar com um motorista rezingão que ouvia rádio aos berros e pulverizava o ar com ambientador da loja dos trezentos.
Tenho, agora, uma razão acrescida para preterir este meio de transporte: a falta de controlo psicológico como pré-requisito na profissão de ser taxista, faz com que nos deparemos com situações assaz…estranhas. Senão, vejamos;
Esta semana tive de apanhar um táxi do Arco do Cego até ao Rato. Ainda só íamos no Liceu Camões, quando começou o disparate: na rádio, a Adriana Calcanhoto cantava «Eu não existo longe de você/ E a solidão é o meu pior castigo…». Eis senão quando, um par de olhinhos marotos começam a procurar os meus através do espelho retrovisor, enquanto cantarolam em perfeita sintonia com a cantora «…Eu conto as horas para poder te ver/ Mas o relógio está de mal comigooooo…».
Eu não queria acreditar – por uma fracção de segundo, senti-me tentada a perguntar-lhe o que é que ele pensava que estava a fazer, mas o facto de ainda mal irmos a meio do percurso fez-me logo mudar de ideias, e optar por um plano B: abrir a janela, enfiar a cabeça de fora, «à cão», e fingir-me interessadíssima pela paisagem lá fora.
O meu amigo, contudo, era preserverante na cantilena: não se calou até chegarmos ao destino, deu para a música acabar, começar uma nova, e – aquando da despedida – se despedir com um «Então até à próxima, minha linda!». Enfim, não posso dizer que a minha auto-estima tenha propriamente disparado até aos píncaros, mas pior foi o «colega» que apanhei nesse mesmo dia, da parte da tarde;
Desta feita vinha de Belém para o centro da cidade, e a primeira coisa que o homem disse assim que arrancou foi que «Tinha muito bons motivos para se suicidar, ali e então», assim, à laia de cumprimento. Eu fiquei lívida, a primeira coisa que me ocorreu responder foi um «Bem, pelo amor de deus espere até acabar a corrida».
Mas o tipo não desarmou – fez questão de partilhar comigo todas as maleitas da sua vida, a começar com o pai que se matara quando ele era criança, até à mulher, que definhava «ligada à máquina» no hospital, tudo isto acompanhado de estalares de língua e limpar de unhas (com 1cm de comprimento, acrescente-se).
Quando entrámos em Monsanto, ele lá resolveu mudar de assunto, e passar da fase sentimental à agressiva, altura em que começou a disparar sobre tudo o que detestava, desde «…os pretos, aos ciganos», até «…essa gentalha toda que agora vem aí por Portugal adentro».
Estava no meio dum bosque deserto com um nazi suicida, portanto. «A perspectiva não podia ser mais animadora», pensava eu. Que naif. Lembrei-me que talvez não tivesse dinheiro que chegasse para pagar a conta, portanto – e também como pretexto para mudar de assunto – resolvi informá-lo do assunto, descansando-o em seguida de que pararíamos em frente a uma caixa multibanco quando chegássemos ao destino.
«Deixe lá menina, também não é por isso que vamos ter porrada», disse ele. Sem perceber se falava a sério ou a brincar, tratei de responder-lhe que também não era caso para tanto. O que eu fui dizer…! A seguir ouvi o episódio dos «últimos clientes que ele tinha espancado», em frente ao BBC, de noite, devido a um casal que não queria sair do seu táxi, a cena toda acabou quando ele espetou com a porta traseira na cabeça do cliente, e fez a namorada deste «…voar até à grelha do carro da frente, que até parecia um passarinho!», resumiu ele, não sem uma pontinha de «orgulho de machão». Aí eu fiquei pura e simplesmente siderada, não sabia se havia de rir ou de chorar, portanto optei pela primeira, aprumei o meu melhor sorriso amarelo e fiz figas para que chegássemos depressa ao momento da despedida.
Conclusão: doravante, quando tiver sem carro e o metro estiver outra vez de greve, espeto o polegar e apanho boleia, que a probabilidade de apanhar um maluco, relativamente a um taxista, não deve ser tão maior!!

 

«O JANTAR DO MORTO»

Apesar deste ser um tema que não entusiasma propriamente a maioria das pessoas, é algo que, mais tarde ou mais cedo, acaba sempre por interferir com as nossas vidas, porque afecta algum familiar ou amigo que nos é querido.
Habitualmente, a nossa cultura/religião faz com que toda a cerimónia que envolve o ritual de despedida seja fúnebre e triste, escuro e dramático.
Vêm estas reflexões a propósito de hoje fazerem onze anos que partiu a pessoa mais próxima em termos de grau familiar. Recordo esse dia como se fosse hoje: tinha treze ou catorze anos, e tudo correu como na maioria das outras famílias portuguesas, suponho: lágrimas e tristeza, luto e mais lágrimas, missas, velório e enterro, telegramas de pêsames e telefonemas curtos e de mensagens formais e contidas. E mais lágrimas ainda.
Em conversa com uma alemã, contava-me ela que, quando o avô morrera, a família fizera uma espécie de almoço volante, com todas as pessoas que lhe eram próximas, e durante a tarde contaram-se anedotas e histórias relacionadas com o falecido, e no fim do dia, quando a casa ficou vazia, a família sentira – a par da normal tristeza pela perda recém sofrida, é certo – um aconchego espiritual incomparável a quinhentas missas rezadas ou papéis acumulados com mensagens de «condolências sentidas».
Penso que já todos vimos, pelo menos uma vez, cenas destas acontecerem nos filmes americanos, e – longe de ser uma apologista da sua cultura – acho que esta é uma alternativa bastante saudável ao que estamos habituados, uma vez que aquilo que mais queríamos (a pessoa de volta), é impossível.

P.s. À cerimónia supra descrita, equivalente aos nossos serviços funerários, apelida-se de «Jantar do Morto» (guess que nesta altura já tinham percebido...)

 

«LITTLE MISS SUNSHINE»

Recomendada a ver este filme por um amigo, lá me arrastei numa segunda-feira às dez da noite (the so-called horário pós laboral) até ao Corte Inglês trazendo «pelo pescoço» o meu namorado, esperando mesmo que aquilo valesse alguma coisa (ou a alternativa seria ver um tal de «V de Vedetta» no dia seguinte…).
Valeu muito a pena!
Conta a história duma menina de doze anos cujo sonho é ganhar o primeiro prémio num concurso de beleza de «mini-misses», e assim arrasta toda a família numa road-trip inesperada através de dois dias de viagem pelos Estados Unidos.
A sua «célula familiar» é, entretanto, totalmente destorcida e desequilibrada, exactamente o oposto to “American dream”: o pai um empresário falhado que leva a família à ruína depois de investir todas as poupanças num negócio onde pretende lançar um programa intitulado “Os nove passos para atingir o sucesso”, a mãe uma fumadora inveterada, o irmão um adolescente rebelde e revoltado que resolve fazer um voto de silêncio até conseguir chegar à Força Aérea, até descobrir que é daltónico e ver a sua ambição ir por água abaixo, um tio gay que falha uma tentativa de suicídio após descobrir que o seu namorado o trocou por outro e lhe tomou o lugar académico após a publicação fulgurante dum livro, e por fim, um avó perfeitamente pervertido e tarado, que lê revistas pornográficas enquanto aconselha o neto a «”comer” o máximo de gajas que puder», e snifa cocaína na casa-de-banho, antes de se deitar.
A viagem é o delírio, pois o carácter dos personagens está constantemente a chocar com os dos outros, e com o desenrolar da história nota-se uma clara evolução na maneira de ser de cada um, no sentido de melhor se adaptar À convivência em conjunto como família que são (em comparação com a desagregação inicial), sendo que a única personagem plana acaba mesmo por ser a criança, em torno da qual gira toda a história.

terça-feira, outubro 10, 2006

 

A Dália Negra

O filme é baseado num livro com o mesmo nome, que por sua feita se baseia num caso verídico (do qual o criminoso nunca foi encontrado). Los Angeles, Estados Unidos, finais dos anos 40, forma-se uma dupla policial imbatível - Mr.Fire e Mr.Ice - a partir dum combate de boxe onde ambos são favoritos.
Apesar do seu departamento não ser o dos homicídios, no dia em que se deparam com o cadáver duma jovem candidata a estrela de cinema - a Dália Negra - estripado e esquartejado, resolvem seguir as pistas que entretanto levarão Lee (Mr. Fire) a um velho acerto de contas do passado.
As cenas sucedem-se a um ritmo demasiado lento e as interpretações também não são brilhantes, mas é um filme passível de se ver num dia qualquer. À falta dum melhor…

domingo, outubro 08, 2006

 

Reflexões

Não é novidade para ninguém; tanto mais, que – assim que ouvimos falar disso – acenamos impacientemente que sim com a cabeça, e passados cinco minutos (senão menos), já «passámos à frente», a um assunto decerto muito mais interessante e apelativo.
Refiro-me ao fenómeno (cada vez mais premente) da pobreza e da exclusão, que toma proporções assustadoras todos os dias, muita gente se preocupa, muitas associações de ajuda se formam, propostas de leis se discutem, mas também muito pouco se continua a fazer, proporcionalmente ao número de desgraçados que vão parar à miséria e ocupam as ruas noite e dia, todos os dias.
No bairro onde trabalho, na zona do Marquês de Pombal, quando o sol nasce é ver executivos engravatados e senhoras empoleiradas nos seus saltos altos periclitantes e cheirando a perfumes caros. Mas mal a noite cai, à ida para casa, é raro o dia em que não veja uma caixa de cartão cobrindo um corpo nauseabundo dum mendigo que se refugia no vão do mesmo prédio onde há poucas horas atrás se transaccionaram avultados negócios valendo milhares de euros – que irónico, não é?
Da mesma forma, ontem à noite, quando dei um salto ao Bairro Alto, deparou-se-me a maior balbúrdia de gente, resultado de véspera de feriado, começo das aulas na faculdade, etc, e paralelamente a estes festejos pós-laborais, cruzei-me ao mesmo tempo, com um par de namorados que desciam a rua do Alecrim todos aprumados para irem a uma qualquer festa, e outro casal que se cobria com um cobertor de cor indistinguível, tentando conciliar o sono nos degraus duma escadas, no meio daquele bulício humano.
O dia hoje desperta calmo, devido às escolas estarem fechadas e a maior parte das pessoas não trabalhar. Uma volta ao quarteirão dá para ter (mais) uma (triste) panorâmica da realidade actual: no jardim da Estrela, enquanto tomamos um café no quiosque, um senhor viúvo dos seus 40 anos pede que lhe paguem uma refeição à filha de 12 anos, ambos morando «por aí», dormindo «onde calha». No portão, à saída, uma rapariga mais ou menos da minha idade, cabelo desgrenhado e pele curtida pelo sol, vende pensos para feridas em troca duma esmola. Por fim, chegando a casa, à porta do supermercado, uma mulher de lenço na cabeça e olhar vazio de esperança, está sentada de pernas cruzadas com um cartaz onde se pode ler «sou de Leste, tenho marido e duas filhas, e muita fome. Ajudem-me por favor».
Uma boa imagem para gravarmos na memória sempre que o dia «não nos tiver a correr bem». Mas também um desafio intelectual para cada um de nós, pensando em como podemos ajudar, de forma sustentada e construtiva, estas pessoas, que afinal podíamos ter sido nós. Foi só uma questão de sorte, de terem nascido no lugar errado, à hora errada.

sexta-feira, outubro 06, 2006

 

Falta de cultura

Aproveitando que ontem foi feriado e não tinha de vir trabalhar, combinei com uns amigos ir ao CCB ver o "World Press Photo". Chegada a Belém de boleia com uma amiga, nem queríamos acreditar no que os nossos olhos viam - ruas cortadas, polícias apitando e gesticulando freneticamente dum lado para o outro, enormes amálgamas de gente deslocando-se de um lado para o outro e uma turba fixa pespegada mesmo em frente ao Palácio.
Acercando-nos do Sr.Agente mais próximo, baixo o vidro do carro e pergunto-lhe qual o motivo de tanta confusão. «É porque eu estou aqui, não lhe chega?»
Ok, passada a incredulidade inicial, incentivei-o a continuar a explicar-se com um «Pois, mas para além disso...» «Ah! Estas senhoras não têm cultura nenhuma! Então não sabem que dia é hoje, que puseram a República, e daqui a bocado vem cá o Aníbal falar ao pessoal?!»
(Que paradoxal - ainda esta semana tinha lido no METRO que 28% dos portugueses não se importavam de ser governados pelo Juan Carlos e trocar a sua nacionalidade para espanhola - ou bem que ali estavam concentrados os restantes 3/4, ou então somos mesmo uns troca-tintas!)
Arrancámos a todo o gás (dentro do possível, uma vez que estávamos cercadas de polícias) antes de nos desmancharmos a rir na cara do homem. Num jogo de «onde está o Wally?» descobrimos os restantes membros do grupo, munidos duma valentia suprema fintámos toda uma fila de malta e conseguimos, efectivamente, lanchar pastéis de Belém, na parte da cultura propriamente dita é que fomos vedados a entrar na exposição pelo excesso de fila em proporção com o horário de funcionamento da sala.
Restou-nos então atravessar por baixo da linha de comboio e ficar no «dolce fare niente» numa esplanada nova que abriu entre o padrão dos descobrimentos e a torre de Belém, embalados ao som dum piano.
De facto o polícia tinha razão - que falta de cultura a nossa!

terça-feira, setembro 26, 2006

 

Dia Europeu Sem Carros

No passado dia 22 de Setembro, sexta-feira, foi assinalado em vários páises da Europa, o Dia Europeu Sem Carros (DESC). Em Lisboa, alguém deu por isso? É que eu não.
Talvez motivados pelo dia anterior, em que o metro fez greve e choveu pela primeira vez no «Regresso às Aulas», e o trânsito ficou caótico, com filas de carros intermináveis, a uma média de uma pessoa por carro, com tudo a refilar e já de ânios exaltados pela fresquinha (da janela do meu quarto, o «buzinão» começou às sete e meia), e podem crer que vos escreve um espírito perspicaz, já que fiquei três quartos de horas na paragem do autocarro e portanto pude assistir a grandes longas-metragens do «filme» que foi chegar a qualquer lado nesse dia.
Sexta-feira, apesar de já não chover, e do metro retomar a sua actividade normal...bem...a (triste) realidade é que ninguém diria. O cenário rodoviário mantinha-se intenso, a taxa de ocupação de cada autómovel - baixíssima -, ou seja, Dia Europeu Sem Carros só se foi nas garagens dos respectivos utentes!

n.b. Bem sei que nem toda a gente mora em sítios bem servidos de transportes ou tem facilidade em se deslocar a pé. Mas decerto que o número de comodistas é muito superior àquele primeiro grupo, e a desculpa do desconforto dos metros ou falta de pontualidade dos autocarros já nem pega. Pelo menos, na parte que me toca, o 722 e o 738 passam amiúde, o metro - seja qual fôr a linha - funciona sempre bem, e os comboios são duma pontualidade irreprensível. Portanto, toca a deixar o carro em casa e a ser «amigo do ambiente», não custa (quase) nada!

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